A lentidão que estimo: Uma autoanálise sociológica e política

Pierre Lannoy

Resumo


A partir de narrativas breves de experiências pessoais de slow travel, este artigo analisa as dimensões que, aos olhos do autor, se atribuem a estas práticas: consistência e um valor genuíno. Slow travel, todavia, não é apenas uma aspiração pessoal; surge também como o critério de pleno valor, sob o nome de slow tourism. No entanto, será que este critério de lentidão reflete o tipo de experiências que traz tanta satisfação pessoal ao autor? Este artigo responde a esta pergunta a partir da autoanálise detalhada das condições de satisfação pessoal através de experiências de slow travel, e demonstra que a “não imersão”, as sensações corporais incomuns e técnicas, a antecipação visual e o isolamento simbólico são os seus principais ingredientes. Estas dimensões serão, depois, comparadas com os princípios de slow tourism, argumentando que as duas formas de viajar nada têm em comum, para além do nome, porque estão baseadas em estruturas de apreciação radicalmente distintas.

Palavras-chave


navegação interna; escalada; técnicas corporais; distinção simbólica; intermediários; prazer turístico

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